Sente aí meu irmão É uma coisa rara de ver O ano é bom, muito bom Estou feliz podes crer
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Dinorah

Dinorah

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Frustração.

Aconteceu numa manhã em que não acordei assim como diria, com o pé direito, fosse homem diria que havia amanhecido com “osovovirado”.

Fazia pouco tempo que havia sido assaltada e andava bem paranóica com a impressão de que seria assaltada a qualquer momento. Naquele dia não estava muito animada. No caminho até o trabalho, comecei a sentir uma irritaçãozinha, que aumentava e quando me dei conta estava com ódio, não me pergunte do quê ou de quem – odeio pensar que sou uma pessoa capaz de sentir ódio, mais um motivo para estar odiada. A expectativa de ter como pagar o cartão de crédito era tão real quanto a de arranjar um namorado, daqueles que andam de mãozinhas dadas, que dizem que somos especiais, o melhor que aconteceu em suas vidas.

Enfim, expectativa de dinheiro e de amores = ZERO. Vontade de sumir = MIL.

Foi quando avistei, vindo em minha direção, um rapaz com um jeito suspeito. Entrei em alerta. Ele ainda estava a uma distância razoável, tive tempo de planejar a minha auto defesa. Tirei a sombrinha da bolsa – a minha sempre andou cheia de qualquer coisa que “um dia” pudesse ser útil, só o laquê novinho já dava um bom peso. Planejei: No momento em que este imbecil chegar à minha frente eu bato com a sobrinha na cara dele, dou um pontapé no saco, deixo ele caidinho no chão, bato muito com a bolsa - com o laquê dentro, lembra? Chuto mais uma vez o saco. Grito! Grito muito: - Filho da puta! Sem vergonha! Infeliz!

O rapaz se aproximava e eu me sentia como se, sozinha, fosse uma tribo inteira daqueles índios que surgem de surpresa, aos milhares, por detrás de uma colina, prontos para atacar o General Custer. E o rapaz estava mais perto, e a sombrinha já estava na mão certa, e a alça da bolsa enrolada na outra mão. Eu já estava quase babando de ódio e prazer imaginando que teria em quem desancar toda a minha insatisfação, minha ira. O rapaz chegou perto, mais um pouquinho e estaria no ponto para receber a primeira bordoada.
Infelizmente, não sei por que, ele passou reto, sequer me olhou, como se eu não existisse. Aquilo me deixou ainda mais irritada.

Guri dos infernos!
Nem pra assaltar e tomar uma boa sova serve! Tudo o que eu queria naquele instante era gritar e bater muito no primeiro infeliz que cruzasse o meu caminho. Aquele não assalto conseguiu me deixar ainda mais irritada. Fiquei tão frustrada que chorava de decepção – e ódio.
...não consigo lembrar se estava com TPM.

7 comentários:

  1. Ahahahahahahahahahahaha!
    Sei bem como ee essa sensação!
    Acho que era TPM, daquelas, viu!
    Adoro essas histórias!
    bjcas
    PAola

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  2. Haja frustação! Rachei de rir com o possível assalto. Além disso, é bom saber que carregar um frasco de laquê na bolsa pode ter uma boa utilidade.

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  3. hehehe
    Não sinta-se culpada. A gente - sim me incluirei nessa- tem um instinto animal que as vezes vem com tudo. E se eu tivesse batido em todas as pessoas que julguei merecedoras e do jeito acrobático e fantástico que imaginei...nem sei.

    Adorei os comentários no meu blog. Amei suas pelavras e saiba que me fez sorrir :)
    beijos

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  4. Olá, eu tb sinto odio as vezes, muito lindo aqui, abraços

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  5. menina que alegria acordar com seu recado lá no meu espaço !
    vim te conhecer e você é HILÁRIA !
    amei.
    amigas ? ok ! amigas
    hahahahahha
    beijos e bom dia

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  6. Hahahaha Acontece mesmo isso quando a gente quer descarregar o ódio e a situação não deixa. É frustrante!

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  7. Vixe! E que TPM mulher! Hahaha...
    Mesmo sem TPM tem dias que o humor nos prega uma dessas..E escrever alivia, né? Grande abraço!

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