Sente aí meu irmão É uma coisa rara de ver O ano é bom, muito bom Estou feliz podes crer
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Dinorah

Dinorah

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

MANTRA DE 2012

Sente aí meu irmão
É uma coisa rara de ver
O ano é bom, muito bom
Estou feliz podes crer

e

Por onde fores minha princesa
Serei teu vento, tua certeza
E os caminhos do alto por mais baixos que forem
Serão nosso alento, nosso abrigo, nossas flores









domingo, 18 de dezembro de 2011

BALANÇO

Uma porção de atividades, uma conexão horrorosamente morta-VIVO, compromissos, pouco tempo para escrever as muitas divagações, pouca paciência para internet, mas ao fazer o inevitável balanço de fim de ano, constato que este foi um ano totalmente fora do comum – de comum só as reclamações que não consegui emagrecer e que podia ter mais dinheiro – comuns, aliás, ao resto da humanidade.



Este ano vivi uma das mais incríveis experiências da minha vida. Fiz coisas que jamais imaginei, nestes meus 57 anos, que um dia iria fazer - e muito menos que iria ser tão feliz com toda esta função.



Confesso que a coisa que mais me dá prazer é conhecer gente. Descobrir que existem milhões de maneiras de viver - cada um tem um jeito, em cada momento, em cada lugar, que o normal pode ser diferente.



Aposentada, saí de uma capital no sul, vim morar em uma alegre cidadezinha no litoral do nordeste. Os costumes são outros, as festas são outras, a maneira de viver é outra, os valores são outros.



Foi neste lugar, tão diferente de tudo que conhecia que este ano fui professora de Artes e, devido à empolgação com a nova atividade, iniciei a faculdade de pedagogia.



Convivi com cerca de duzentas crianças. Nunca imaginei que pudesse gostar tanto destas criaturinhas irrequietas, falantes, brincalhonas, carinhosas – as daqui são muito carinhosas - inclusive os ogros e os gremlins - afinal, existem todo tipo de exemplares!





As colegas de faculdade, em sua maioria professoras de creches, mulheres simples, mães separadas que criam seus filhos, e os dos outros, com muito carinho, com muita dedicação.
Confirmei o lugar comum de que se recebe o que se dá. Termino este ano como não me lembro de ter terminado outro igual.




Por tudo isto, um brinde:






Tim! Tim! Muito obrigada por um ano tão especial!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Lição de casa - feita!

Falei com a coordenadora pedagógica, ela não achou imoral, ilegal, inconstitucional, impedagógico – ou seria melhor despedagógico? – o fato de eu querer dar um tênis para o garoto. Ela se encarregaria de dá-lo sem que ele ficasse sabendo de quem ganhou. Disfarçadamente, mostrei o menino a ela, concluímos o tamanho do pé. Comprei o tênis, ela chamou o menino, falou que tinha um presente para ele. Quando lhe entregou a caixa, contou que os olhos do garoto pareciam saltar das órbitas. Pediu que ele experimentasse. Muito encabulado, foi até um cantinho da sala, tirou os sapatos velhos – foi quando ela viu, através de quase nenhuma sola, o piso da sala. O calçado não tinha mais sola em todo o calcanhar.



Bom, não preciso dizer para ninguém que o garoto, aquele tímido, que pouco falava, que pouco brincava, é outro garoto. Continua educadinho, falando baixo, deve ser característica sua, mas agora está mais risonho, caminha com a cabeça erguida, corre e brinca com outras crianças – ficou maior, acho que andava tão encolhidinho que parecia muito mais miúdo do que realmente é. Na última aula levantou a mão para fazer perguntas, isto nunca havia acontecido antes.


Ele não sabe quem lhe deu os sapatos, mas me olha com uns olhos - aqueles de jabuticaba – com um brilho de emocionar.


Já, eu saltito feliz em saber que tem uma criança um pouquinho mais leve brincando naquela escola.