Sente aí meu irmão É uma coisa rara de ver O ano é bom, muito bom Estou feliz podes crer
A história de Dinorah você encontra em: DINORACOMAGANOFIM: Muito Prazer! Dinoracomagánofim.



Dinorah

Dinorah

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Natal - parte l


Todos os anos era a mesma coisa. Nesta época do ano a mãe se esmerava. Era chegado o momento de fazer as compotas de doce de figo, pêssego, ameixinha, “schmier” de uva, pêra, maçã, os picles de cebolinha, pepino, cenoura, os biscoitos de mel, amanteigados, polvilho e as famosas “bolachinhas de natal”. A mãe era incansável nos preparativos. A função começava por estes dias, final de novembro, um mês antes do Natal.
A largada era dada com as compotas. Era um tal de descascar frutas, ferver e esterilizar vidros – que fim terão levado os famosos “Vidros Rex” – Panelas enormes, cheias de água, com panos entre os vidros, para que não quebrassem, pareciam ferver o dia inteiro.
Nesta lambança as crianças eram corridas da cozinha – mas se a ordem tivesse sido cumprida, como é que se lembra de tudo isto?
Após mais ou menos uma semana, finalizado o trabalho - acredita que eram cerca de uns quarenta vidros de doces em calda, picles e “schmier” – expostos em prateleiras, provocavam uma visão bonita e deliciosa. A mãe orgulhosa de sua obra, os filhos, orgulhosos da mãe. Permaneceriam ali até que chegassem uma visita ou data especial. Deveriam durar até a próxima estação das frutas, quando tudo se repetiria.
Encerrada a etapa das compotas, iniciava-se a dos biscoitos e bolachas de Natal. Esta parte era a melhor, as crianças podiam ficar na cozinha, enfarinhando formas, cortando a massa com os moldes – sino, anjo, papai Noel, estrela, coração – também eram encarregadas de decorar os biscoitos, passando a cobertura de açúcar colorido. A casa era invadida pelo aroma de mel, cravo e canela – o cheiro típico do natal
As bolachas enchiam grandes latas de banha, que anteriormente haviam sido pintadas e decoradas com flores de “decalcomania” – isto ainda existe? Muito bem fechadas, eram escondidas em grandes armários com o intuito de não dar muita facilidade aos gulosos que as rondavam na espreita de um descuido qualquer da mãe. Cada especialidade levava um dia ou mais para ser feita, e assim, lá se ia a segunda semana.
Também era a única época do ano em que se fazia o delicioso capilé. Vários litros de vidro, tampados por uma rolha, continham a calda de açúcar e essência de framboesa – um xarope espesso que misturado com água se transformava em “gosto de natal”.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Natal - parte ll

A próxima etapa era a “faxina de fim de ano” – bom, nesta hora as crianças eram catadas a força, nenhuma queria participar. Limpar paredes, tirar o excesso de cera do assoalho, arrumar armários, lustrar alguma prataria. A mãe gostava de pintar as cadeiras e mesa da cozinha, fazia isto todos os anos, as crianças não gostavam da parte de lixar, mas adoravam um pincel e uma tinta!
Enfim, chegava a “semana do Natal”, na qual as crianças tinham grande participação. Ajudavam a pintar o papel do presépio – era uma mistura de goma com anilina espalhada num enorme papel kraft. Misturavam-se o vermelho, azul, amarelo – teria que ficar um aspecto de pedras. O papel serviria de fundo para se moldar uma gruta que abrigaria o Menino Jesus, Maria e José. Crianças providenciavam em caixas, pedras, barba de pau, tudo para decorar o presépio. Era uma semana de muitas atribulações.
No dia 24, pela manhã, chegava o pinheirinho que havia sido encomendado antecipadamente, o ideal é que fosse bem gordinho e alcançasse o teto. A árvore era colocada na sala de visitas, as crianças todas ficavam eufóricas com aquela função, era sinal de que realmente o dia havia chegado.
Árvore no devido lugar, admiravam o símbolo, comentavam, riam e eram convidadas a sair da sala cuja porta era chaveada. A partir deste momento, elas só voltariam a vê-la quando já fosse noite.
Naquele dia, o almoço era alguma coisa rápida, pois toda a atenção da mãe e da irmã mais velha era dirigida a ceia da noite. Preparar o sarrabulho, rechear e assar o peru, fazer a farofa, arroz de festa, saladas e sobremesas.
Depois do almoço começava um entra e sai da sala de visitas. O pai, a mãe e a irmã, passavam com muitas caixas onde estavam guardados os enfeites, o presépio, as guirlandas. Crianças não podiam ver nada.
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Natal - parte lll


Aquele dia era totalmente atípico, crianças obedeciam ao primeiro chamado, tentavam não brigar entre si – coisa rara – e, sem que ninguém mandasse, às seis horas da tarde, estavam todos de banho tomado, cabelos penteados, arrumados com suas melhores roupas. Os maiores cuidavam dos menores ajudando a colocar a mesa da ceia, que naquela noite ficava muito bonita, decorada com a toalha de brocado branca, talheres, louças e copos de festa.
Assim que escurecia, o jantar era servido. Rezavam, como sempre faziam, antes das refeições. A comida de Natal era muito gostosa. Todos elogiavam, as crianças cuidavam para não deixar cair migalhas na toalha. Neste dia, o guaraná era liberado, podia-se beber o quanto bastasse para matar a sede, a gula. Mas não se poderia dizer que era uma refeição tranquila, os corações estavam aos pulos para saber como estaria enfeitado o pinheirinho, o presépio e quais seriam os presentes.
Acabada a saborosa e ansiosa refeição, as crianças maiores tomavam a frente para lavar a louça – os menores secavam. Só após é que receberiam os presentes – nunca se viu tanta criança com tanta vontade de lavar e secar louça, aquela tarefa se esgotava quase que em segundos.
Tudo limpo, tudo organizado, eis que chega o momento mais esperado do ano.

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Natal - fim .



O pai e a mãe abrem a porta da sala e de imediato, o bando de crianças exclama um sonoro e prolongado “aaaah!” num misto de surpresa, encantamento e felicidade.
O pinheirinho está lindo! Decorado com o pisca-pisca e bolas coloridas. Lembra que uma das luzinhas era uma carinha de papai Noel e, em meio a tantos enfeites de natal, todos anos procuravam uma bola prateada, mais pesada do que as outras, diferente,aquela tinha uma história - o pai do pai comprara quando este ainda era um menino. Aquele era um enfeite especial - lembrava o avô que não chegaram a conhecer.
Após as exclamações de admiração, rezavam e cantavam “Noite Feliz”, uma das irmãs nunca conseguia cantar até o final, quando chegava na parte ...”pobrezinho nasceu em Belém...” caia em prantos, se emocionava e chorava, achava aquela canção linda, mas muito triste.
Recebiam os presentes. Bolas, bonecas, panelinhas, carrinhos, sapatos e roupas. Não se pode esquecer, que em determinados anos, junto com os presentes, algum menino recebia uma vara de marmelo em razão de comportamento não muito exemplar, servindo mais como brincadeira do que advertência. Falavam alto, riam felizes, brincavam com os presentes, exibindo-os uns aos outros.
Nesta noite eram servidos os doces, biscoitos e o capilé. O Natal tinha cheiro de pão de mel e gosto de capilé. ...e aquela gotinha de tristeza, de onde viria? seria por conta do "pobrezinho que nasceu em Belém?

Meditação


Feche os olhos, relaxe. Imagine que você está numa pequena baia de areias brancas, ao fundo, um mar cor de esmeralda com águas mornas e transparentes. Acima, um céu muito azul. Uma brisa suave farfalha nas folhas verdes dos coqueiros. Sinta o cheiro do mar, a brisa amenizando o calor do sol. Ouça o murmúrio das ondas e os pássaros cantando na mata.
Suaves como anjos, quase flutuando no ar, São Manoel, São Jurandir e São Tiago recebem mártires e pecadores, com água de coco, frutas, cerveja gelada e tapioca.
Agora, lentamente, abra os olhos, observe ao redor. Você não morreu e chegou ao paraíso, nada disto. Você está muito vivo e está em uma das praias da Marambaia. Onde o sonho não acabou, pois logo, logo, um Marajá imponente virá lhe perguntar se você quer - o sonho - de goiabada ou doce de leite.
Daí me pergunto:
O que é que estou fazendo neste computador?
Tchau, vou até ali no paraíso, volto mais tarde. Fui!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Para pensar

"Nunca me casei porque nunca precisei. Tenho três bichinhos em casa que, juntos, perfazem um marido: um cachorro que rosna de manhã, um papagaio que fala palavrões o dia todo e um gato que volta de madrugada para casa.

(Maria Corelli, escritora popular inglesa)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Chulé!


Final de ano. As duas estavam ansiosas para embarcar no ônibus, rumo ao litoral, quando uma delas lembrou que se esquecera de colocar os chinelos de dedo na mala.
- Suely, vou comprar uns chinelos.
Suely achou ruim ter que esperar, mas se conformou, assim poderia fumar mais um cigarro.
A outra comprou umas sandálias preto-básico, mostrou para a amiga que, de imediato, constatou que se tratava de sandália pirata. O nome gravado na sola era BAHIANAS. Acharam graça da criatividade do “Seu Pirata” e enfiaram-se no ônibus lotado.
Lá pelo meio da viagem um cheiro horroroso começou a empestar o ambiente, foi quando Suely esbravejou:
- Cadê as tuas BAHIANAS? Este cheiro de chulé só pode ser dessas sandálias fajutas.
Diligentemente, a amiga procurou a sacola com as sandálias e as entregou à Suely,que cuidadosamente, examinou o material. Cheirou de um lado, cheirou de outro e constatou que, as não legítimas, não eram o foco de emissão do odor poluente.
- Este cheiro está insuportável! Este povo porco viaja, tira os sapatos e espalha este chulé! – exclamava – vou vomitar, abre a janela!
Não sossegou, remexia-se na poltrona, reclamava do cheiro em voz alta, espichava o pescoço cheirando tudo. Foi quando enfiou o nariz entre os bancos da frente, parou e, inconformada com a descoberta, jogou-se para trás falando baixinho, com um sorrisinho encabulado, no ouvido da amiga:
- São esses aí da frente comendo cheetos de queijo!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Piadinha


Uma ruiva, uma morena e uma loira, estão correndo, fugindo da polícia. Encontram três sacos vazios e se escondem dentro.
Um policial chega e cutuca o primeiro saco, onde está a ruiva:
- Miau... - responde o saco- É só um gatinho – constata o policial que cutuca o segundo saco, onde está a morena.
- Au! Au!
- É só um cachorrinho – verifica o policial. Em seguida, cutuca o terceiro saco, onde está a loira, que responde:
- Batata! Batata! Batata!


Esta quem me contou foi a “Gauchinha Feliz” quando veio passar férias na Marambaia, dei muita gargalhada, acordei a vizinhança que dormia na areia da praia. Hoje deu uma saudade daquele mimo. Quando será que virá outra vez, para contar piadas, brincar do “o que é o que é?”, jogar UNO?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A mentira.


Tinha uns sete anos morava em um lugarejo lá para as bandas do Botucaraí. Parecia mais um moleque do que uma menina. Andava descalça, e gostava de tomar banho em um arroio que corria nos fundos da casa.
Um dia, ao voltar da escola, notou certo alvoroço. A avó contou que havia se instalado na cidade um bando de ciganos. Ela nunca havia visto ciganos, só em livros de histórias e uma fantasia de carnaval.
- Vocês devem tomar cuidado com os ciganos. Ciganas roubam crianças, escondem-nas debaixo da saia, fogem. Nunca mais ninguém as encontra! – falou a avó.
Meu Deus! Que coisa séria! Como é que podiam fazer isto? Roubar criança pequena! Com cautela, foi até o portão. Será que alguma criança sairia à rua enquanto os ciganos estivessem na cidade? Foi quando avistou Solange, amiga de escola.
- Solange, sabia que tem ciganos na cidade?
- Sei. Até já vi duas ciganas passarem na frente de casa. Fiquei escondida atrás da janela. Elas usam vestidos bem compridos, rodados e coloridos. Também usam muitas pulseiras, colares, brincos.
Apesar do medo, o rosto se iluminou como quem está prestes a assistir um filme de aventura.
- Minha avó disse que eles roubam crianças.
- Minha mãe também. Disse pra tomar cuidado. Quando vir uma cigana, devo fugir.
- Solange, a gente podia ir ali pertinho, só espiar.
Não falaram mais nada. Com o coração aos pulos, foram até a esquina, de onde avistaram enormes barracas. Elas nunca tinham visto barracas tão grandes. Os olhos arregalaram-se e as duas, de mãos dadas, ficaram observando.
As lonas laterais estavam levantadas, conseguiam ver o movimento de mulheres e meninas, todas vestidas de uma maneira estranhamente linda. Tranças negras, saias floridas, muitos enfeites. As crianças brincavam correndo ao redor das barracas. Não se podia entender o que diziam, mas falavam alto, alguns cantavam.
Ficaram ali por um bom tempo, sentido o medo e o prazer de desvendar um outro mundo, totalmente desconhecido para elas. Comentavam baixinho:
- Será que estas crianças foram roubadas?
- Não, acho que não. As crianças estão alegres, estão brincando e parecem felizes.
O tempo passou sem que elas percebessem, até que começou a escurecer, correram de volta para casa. Chegou toda esbaforida, sua avó indagou, por onde havia andado?
Sem saber explicar por que, sentiu uma vontade de contar o que realmente gostaria que tivesse acontecido:
- Vó, a senhora nem sabe! Eu e a Solange estávamos brincando e uma ciganinha veio falar conosco. Ela nos convidou para ir até a barraca dela.
- Criatura, cigana rouba criança! – exclamou a avó assustada.
- Não rouba não, vó. Ela foi muito boazinha, até serviu um cafezinho.
- Eu não acredito! - falou a avó, oscilando entre o medo e a curiosidade.
- É sim, tomamos cafezinho e a barraca é muito linda – aí entrou uma descrição do palácio da Sherazade, princesa dos contos Mil e uma Noites que ela havia lido. Era a coisa mais próxima que sua mente encontrou para descrever o acampamento cigano – muitos tapetes coloridos, a gente senta no chão. A ciganinha nos mostrou os vestidos dela, são de um pano bem fininho e lisinho. Uns tem brilho, outros são transparentes. Muitas pulseiras, colares e brincos, todos de ouro. Ela guarda tudo em um baú enorme com dobradiças de ferro. A mãe da ciganinha convidou para ir lá amanhã.
Quanto mais a avó se emocionava, mais ela enfeitava a história, misturando ciganos com Mil e uma Noites, Sherazade, Ali Babá. Até que julgou estar exagerando e, no exato momento em que pensou em dizer para avó que era só uma brincadeira, chegaram duas senhoras, amigas de longos anos da avó, e ela, imediatamente, lhes contou a história narrada pela neta, cheia de euforia e humor.
Quando viu avó tão entusiasmada, feliz, contando, as gargalhadas, para as amigas e vizinhas, e que não acontecera, ficou com dó. Jamais desmentiu.
A menina cresceu, a avó envelheceu. Morreu velinha, quase cem anos, e sempre que queria contar algo engraçado dizia:
- Esta menina é medonha! Até já tomou café com ciganas. – E mais uma vez, contava a história.
Enquanto isto ela remoia uma culpa doída e pensava:
- Ah! Vó Picucha, perdoe-me pela mentira, tão contada e recontada, mas você sentia tanto prazer e alegria em contar o que não aconteceu que nunca tive coragem de desmentir.
Aquela era uma das histórias prediletas da avó seria muita maldade dizer que não havia acontecido. E depois, que feio seria ter uma avó tão velinha e tão mentirosa!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O retorno do Prafrentex!

Estou muito feliz com o retorno do meu super-prafrentex laptop - o dinossauro-frankstei, definitivamente, deu as uvas e este retornou do conserto.
Aproveito e agradeço ao Cacto Bola pelo conforto e carinho e, exibidamente, agradeço por indicar a leitura das estrepolias de Dinorah - o Cacto é um local onde se encontra muita diversão, humor, filosofia entre outras delícias, sem contar que além de muito bem escrito, é coisa de gente inteligente.
Vale a pena dar uma passada. O Cacto diz que tem espinhos, mas na realidade é muito aconchegante e agradável.http://cactobola.blogspot.com/

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Testando o Dinossauro-Frankstein

Aqui na Marambaia tudo é muito complicado, ainda mais quando se trata de tecnologia. O computador que usávamos - sim, eu e meu marido somos casados em comunhão de laptop, espero ele sair para dar aula e, enquanto mexo uma panela, escrevo bobagens para fora.
Bom, como disse, o laptop danou-se, para não dizer outra palavra menos delicada. Então, ele - o meu marido - desencavou um dinossauro. Juntou algumas peças aqui e acolá e fabricou um computador! Estou aqui, em frente ao PC do Moisés, onde foram escritos os 10 mandamentos.
É só um teste para ver se funciona - não vou nem poder "colar uma figurinha" - o tadinho levaria uns dois dias procurando no "glugli" - como se diz por aqui.
Então, vamos lá:
TESTE! TESTE! (PUBLICAR) AGORA TRANCOU NAS MAÍSCULAS...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PALHAÇO!

Podem me chamar de Boba Alegre, mas adoro uma propaganda da Globo.com. Aparece um casal sentado no sofá, ela fala de uma promoção – ganhe uma viagem para Itália. Toda romântica, imagina os campos da Itália, enquanto ele, imagina uma linda italiana. A imagem volta para os dois no sofá. Ela indignada dá um tapão na cabeça dele e, de um jeito maravilhoso, diz: - PALHAÇO! Morro de rir.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Uma Mulher na Presidência


A televisão mostrou o atual Presidente - que foi votar mas não levou o título - muito risonho e extrovertido, gritando para a mulher:
– Dona Marisa! Dona Marisa! – meu título!
Dona Marisa, com um sorrisinho amarelo, entrega o título ao presidente. Estava com cara de quem já anda meio cheia de ser a primeira dama, primeira camareira, primeira cozinheira, primeira faz tudo.
Quem se preocupará em levar o título eleitoral da Presidente Dilma? Quem irá procurar onde foi que ela deixou aquele papel importante, quem irá se preocupar com as meias, bolsas, colares, batom, xampu?
Quando ela estiver só, tenho quase certeza, o almoço será café com leite e sanduiche ou, um refri diet e uma fruta – no caso de regime. Ela tem mais coisas para fazer do que se preocupar com comida.
Se esqueceu onde colocou seu discurso, irá procurá-lo e não ficará gritando:
– Pegaram o meu discurso!
Acredito que uma mulher presidente deve ser meio caminho andado para a desburocratização – mulheres pregam um prego com o batedor de bifes, com o salto do sapato, não precisam do martelo no tamanho compatível com o prego. Apertam um parafuso com uma faca, com a lixa de unhas, não precisam da chave de fenda exata para aquele tamanho de parafuso.
O que não conseguem fazer chamam, de imediato, quem o saiba. Não ficam pisando sobre uma peça de roupa jogada no chão por uma semana. Na primeira vez que encontram a roupa caída, juntam e a colocam no devido lugar. Não esperam que outro faça – o outro não fará mesmo.
Mulheres foram criadas para fazer - a parte delas e a dos outros.
Há um tempo atrás, uma mulher chamou minha atenção pelo poder que detinha - tomou o dinheiro de todos os brasileiros sem o mínimo constrangimento - mas foi totalmente impotente para lidar com a paixão.
Só existe uma coisa que pode atrapalhar os planos de uma mulher determinada, com foco e poder – a paixão.
Desejo que aconteça um amor maravilhoso na vida da Presidenta Dilma - lá pelo início de 2015. Do resto, tenho certeza de que ela dá conta!
Itacaré/BA 03/11/2010