Sente aí meu irmão É uma coisa rara de ver O ano é bom, muito bom Estou feliz podes crer
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Dinorah

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sábado, 22 de janeiro de 2011

Helga e sua história de amor - Lado A.

(requentada - original publicada em junho de 2010)
Helga contava com bem mais de 40 anos.
Nunca foi uma beldade, mas em toda a sua vida, foi aos 40 que ficou mais vistosa.
Naquela altura do campeonato, ela já havia tentado de tudo para encontrar a alma gêmea, a paixão de sua vida.
Enfim, a razão para ter nascido:
Viver um grande amor!
Morava em apartamento próprio, tinha seu próprio carro, assava seu próprio churrasco.
Era uma profissional muito cobiçada no mercado.
Só não era cobiçada para ser namorada de ninguém.
Fez terapia.
Todas que se puder imaginar, fróidiana, iunguiana, raichiniana, transcendental, vidas passadas, regressão.
Sem contar que por muito tempo sustentou uma cartomante. Foi quando resolveu comprar um tarô e aprender a lançar a própria sorte, pois caso contrário teria que declarar falência em breve.
Freqüentava bons ambientes.
Academias de ginástica, clubes, restaurantes, centro de cultura, assistia todos os filmes. De Wim Wenders, a Mazaropi. Mas sinceramente, os filmes que mais gostou, e nunca disse, eram “Uma Linda Mulher” e “O vento levou”.
Morou quase um ano num mosteiro no Tibet, pra ver se largava dessa idéia ridícula que é uma mulher passar a vida atrás do grande amor.
Tentava praticar o desapego, a ser zen.
Apaixonou-se por homens mais velhos, mais moços, com cultura, sem cultura, com dente, sem dente, com cabelo, sem cabelo, gordos e magros.
Enfim, nunca discriminou partido.
Quem sabe não estaria ali o príncipe?
Já estava prestes a se apaixonar pelo apresentador do noticiário.
Afinal, todas as noites, ele lhe dizia um “Boa noite!” de um modo tão romântico, tão intimo e pessoal...
Quando já estava desistindo, resolveu que a última alternativa seria a Internet.
Muito temerosa, adentrou naquele mundo que até hoje não sabe bem onde fica, o virtual.
Sentiu medo, receio.
Tantos casos de psicopatas, loucos, assassinos, pedófilos. Bem, no caso não era o caso. Existiriam velhófilos?
O resumo da ópera?
Foi ali, no mundo virtual, que a cansada Helga encontrou sua alma gêmea!
Atualmente está feliz, vivendo há mais de dez anos com o amor da sua vida.
Ele não é um príncipe, o que é uma pena.
É um homem - e o bom é que não tem nada de virtual!

4 comentários:

  1. Helga era (é) um mulher e tanto, pena que os homens sejam tão visuais...

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  2. Esse mundo virtual... rs
    Nunca se sabe o que ha do outro lado da telinha, mas às vezes vale a pena arriscar.

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  3. Não se pode querer tudo na vida não é !?
    hahahahaha

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