O marido achou melhor descer em numa parada antes da rodoviária, para passearmos um pouco pelo comércio extra-xópin. Achei que não tinha sentido, mas concordei, estava feliz e muito zen. O ônibus parou em frente a uma floricultura e quase que caio sobre inúmeras mudas de gerânios pendentes! Estou louca por eles há quase um ano! Felicidade! Mais uma vez confirmei que devo confiar no meu Anjo da Guarda. Nenhum de nós dois imaginava a existência de uma floricultura naquele local, muito menos que encontraríamos os benditos gerânios! Comprei, deixei-os guardados para buscar na volta.
Rumamos para o templo de consumo. O xópin estava cheio – véspera de dia dos pais. Adentrei na melhor loja de grife que freqüento nos últimos tempos – marisa. Fiz a feira! Calçolas, sutiãs, calças de malha molinha, por 15 contos, um vestidinho lindo de algodão – é bem difícil encontrar umas roupinhas transadinhas, o manequim UBG – Uma Barbaridade de Grande – dificulta a parada.
Enquanto comprava roupas, o marido comprava “coisas de computador” .
Fomos para a segunda etapa de compras – tranqueiras em geral. Entramos em uma loja e enchemos um carrinho com potes-com-tampas-que-realmente-fecham. O marido resolveu que precisava muito de um frigideira para fritar um só ovo – o da galinha gente! - coisa de primeiríssima necessidade, segundo ele, e o bendito saca-rolhas-decente. Carrinho cheio, fomos para o caixa. Deus é mais! Uma fila do tamanho de um bonde, que não andava. Me deu os 5 minutos, largamos o carrinho e saímos da loja – ambos desesperados por um cigarro. Fomos lá fora fumar para ver se nos acalmávamos um pouco para enfrentar a próxima fila. (aproveitei e tomei um remédio para a dor nas costas!)
Resumindo, o saca-rolhas, colocamos em três carrinhos e levamos um – por duas vezes abandonamos carrinhos – convenci o marido a abortar a idéia da frigideira, prometi que compraria de algum mascate por aqui. Encerramos a temporada de compras apesar de estar faltando metade da lista. A livraria estava fechada para reforma, o que me deixou muito frustrada, queria muito comprar o livro indicado pela Nina, “Um mundo novo”, de Eckhart Toole. Também não encontrei as “finas ervas” – e olha que eu estava na Cidade Grande!
Comi bombom recheado com cerejas ao rum, comprei licor de chocolate - teremos visitas em breve - pegamos um táxi, apanhamos os gerânios e embarcamos para a Marambaia.
Com uma montoeira de sacolas, plantinhas no meio dos pés, enfrentamos três horas de viagem de volta, das quais, duas foram ouvindo um som altíssimo de um ser mal educado, que ouvia “arrocha” – uma espécie de música que os nativos adoram e, sem dúvida, é a pior e de mais mau gosto do mundo!
Chegamos em casa cansados mas felizes. Largamos as compras e fomos comer pizza. Um lugarzinho lindo, ao som das ondas e dos coqueiros, admirando barquinhos que, atracados na pequena baia, dançavam ao suave movimento da maré. Uma lua cheia enooorrme arrematava o espetáculo.
Deu para entender porque é tão difícil sair da Marambaia?