Sente aí meu irmão É uma coisa rara de ver O ano é bom, muito bom Estou feliz podes crer
A história de Dinorah você encontra em: DINORACOMAGANOFIM: Muito Prazer! Dinoracomagánofim.



Dinorah

Dinorah

sábado, 11 de dezembro de 2010

Helga e a sinceridade.

Como já havia dito, encontrei a Helga na praia. Estava com o duas peças de oncinha, um chapéu imenso e um enorme óculos de sol. Na praia todos conhecem Helga. - ela não passaria desapercebida nem nas Americanas em véspera de natal.- Estava feliz, um copo de cerveja em uma das mãos e o cigarro na outra.
- Dinorah! Que bom que você veio! Pensei que fosse passar o dia como uma velha, esgravatando aquele jardim. Como está quente! Já tomei vários banhos de mar, estava pegando jacarés com o Adolfo. – como sempre, ela fala muito, sem parar.
- Helga, agora você pode bronzear a barriga.
- Você gostou? – mostra o modelo fazendo pose, girando o corpão para um lado e para outro - O Adolfo disse que eu fiquei bem e eu estou me adorando! – nisso passou uma moça muito bonita, ela parou de falar, se virou acompanhando a moça com o olhar – viu só que moça bonita? Ela é parecida com aquela uma, sabe aquela que tem uma boca que arrebita nos cantos, a filha da Glória Pires. A Glória eu acho um amor – fala com uma intimidade que parece que foram criadas juntas – mas a filha dela eu acho uma chatinha, e aquele irmão da filha? Aquele parece um sabiá que caiu do ninho, que duas criaturinhas mais chatinhas, devem ter puxado ao pai, não gosto dele, também acho um chato de galocha. Acho que a Glória deve pensar onde é que estava com a cabeça quando se apaixonou pelo chato-pai, teve a chata-filha, por sorte não é mãe do chato-filho, aliás, é a família mais chatonilda que conheço
- Helga, você não devia falar mal de quem não está presente.
- Eu sei que é feio, que é falta de educação falar mal pelas costas, mas vou lhe dizer uma coisa. Eu sou do tipo que já aviso antes: quem quiser falar mal de mim, fale pelas minhas costas, odeio este negócio de gente super sincera que fala na cara. Acho uma falta de respeito. Se for para falar bem, pode falar na cara, mas mal? Por que é que eu preciso ouvir tudo o que já sei? Será que as pessoas não sabem que eu sei quando faço uma coisa errada? Claro que sei, não preciso ouvir mais crítica sobre o que já estou me criticando – então, se for para falar mal, falem pelas costas, não me importo. - fala tudo isto com muita calma e concluí que - chega de assunto sério, - assunto sério? - vamos pegar uns jacarés, estou com muito calor.
A gorducha linguaruda tem cada uma... assunto sério...
- Vem Dinorah, pega esta! Vai dar um jacaré dos bons! - e lá se vai ela, embolada na onda, batendo os pezinhos.

Um comentário:

  1. Olha, Helga tem uma certa razão quanto a falar pelas costas, não que eu aprove, mas eu li um texto que diz que sinceridade demais é desnecessária, as pessoas não precisam ficar ouvindo críticas e críticas. Há limites até pra criticar. Por exemplo, se eu achar que o corte de cabelo de uma amiga ficou horrível, não vou chegar pra ela e dizer: - Noooossa seu cabelo tá ridículo ou criticar por uma atitude que não vai fazer diferença pra mim ou prejudicar ninguém. É claro que a gente deve alertar os amigos quando há uma necessidade. Uma vez me falaram uma coisa tipo o lance do cabelo. Aquilo me traumatizou! E era totalmente desnecessário. Até porque cada um sabe da sua vida. Agora comentar sobre alguém, em um momento ou outra comenta-se, não tem jeito, o ser humano é assim, só não pode haver uma maldade gratuita/intenção de prejudicar, aí já passa dos limites.

    ResponderExcluir

Fale que Dinorah ouve.