Sente aí meu irmão É uma coisa rara de ver O ano é bom, muito bom Estou feliz podes crer
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Dinorah

Dinorah

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Helga e a Comadre Blonde.

- Huhu! Aqui Dinorah! – era ela, na porta do shopping, acenando com a mão, dando o seu gritinho característico o huhu!, como se eu não tivesse visto aquele enorme jardim, que não era suspenso, mas bem poderia ser ambulante. - Que bom que você é sempre pontual, Helga. – ela é ansiosa demais para chegar atrasada, está sempre na frente. Como não encontrá-la? Estava com um vestido de floreado. - Gostou do meu vestido de flores? Cansei de andar com aquela bicharada, as onças, leopardos e zebras, o Adolfo disse que, qualquer dia destes, eu levaria um tiro na bunda, de algum caçador distraído. – falou isto e soltou uma de suas gargalhadas. Quem ainda não havia reparado no “jardim” agora já a teria visto. Todos que estavam nas redondezas se viraram para ver de onde vinha a gargalhada. – Com esta estampa, só quero borboletas e beija-flores na minha volta. – o bom que ela não precisa que lhe digam nada, assume o que gosta e pronto.

-Dinorah, a gente podia merendar antes de fazer as compras, assim baixo minha ansiedade. Na confeitaria pediu uma fatia de Marta Rocha com chá sem açúcar, para não engordar. - Dinorah, eu adoro nozes dizem que tem ômega3, por isto acho que vou pedir mais uma fatia. De repente surgiu uma mulher loura, alta, magra, muito bronzeada, toda vestida de azul calipso, cheia de colares, toda charmosa. Usava muitas pulseiras em um dos braços, no outro um enorme relógio dourado com o mostrador azul, as pedras de alguns dos colares também eram azuis. As duas se olharam e, de imediato, se abraçaram fazendo um alvoroço. Falavam alto, riam. Ambas soltavam o mesmo tipo de gargalhada, estavam muito felizes por se reencontrarem. - Dinorah, deixe lhe apresentar. Esta é minha Comadre Blonde, ela não é linda? Feitas as apresentações, a Comadre Blonde enturmou-se e as duas não pararam mais de falar e rir, tudo muito alto. Lembravam de histórias antigas e davam gargalhadas. - Helga você está muito bem. Esta roupa florida ficou ótima! - a voz da Comadre era de quem fumava muito – depois soube que ela fumava até debaixo do chuveiro, se é que isto é possível. Daí para frente Comadre Blonde passou a falar e fiquei sabendo um pouco sobre ela. Lá pelas tantas disse que sua musa inspiradora era Adriane Galisteu – eu sabia que já tinha visto aquela mulher em algum lugar, era parecidíssima com a Galisteu – adorava jóias, tinha até um fornecedor exclusivo, que lhe vendia no domicilio. Quando Helga tinha alguma festa chique pedia as jóias da Comadre emprestadas, Blonde também era muito generosa. - Comadre Blonde, que coisa mais linda sua sandália! – na mesma hora, não sei como pode, a até então tão elegante Comadre Blonde, espichou aquela longa perna e colocou o pé em cima da mesa, exibindo a sandália, para o espanto de todos na volta. - Pois eu também Helga, achei maravilhosa esta sandália. É italiana! Paguei uma fortuna por ela!

Embasbacada com a cena entendi a amizade sincera entre as duas – eram iguais. Uma mais discreta do que a outra!

2 comentários:

  1. "Adolfo disse que, qualquer dia destes, eu levaria um tiro na bunda, de algum caçador distraído." Essa foi boa Hahahhahahaha. O bom é que ela troca de estilo, mas nem assim consegue ficar discreta, até porque isso não combina com ela. Quero uma amiga como a Helga, sei me divertiria horrores! Helga Rules! Na linguagem internética: Helga comanda!

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  2. Sandra,
    Você é muito especial, até me mantém informada sobre as gírias da internet. Jamais saberia o interpretar o "Rules" - obrigada. Quanto a ter uma amiga como Helga, sempre é bom e tenho certeza de que ela também adoraria ter uma amiga como você.
    Um beijo
    Dinoh

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