Sente aí meu irmão É uma coisa rara de ver O ano é bom, muito bom Estou feliz podes crer
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Dinorah

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terça-feira, 7 de junho de 2011

O AUSENTE DE HELGA

- Por que este beiço tão grande Helga? Cuidado! Se você pisar nele pode cair! - a criatura estava insuportávelmente mal humorada. Não falava, grunhia.
- Dinorah você me desculpe por vir até aqui lhe encher o saco por causa das minhas brigas com o Adolfo, mas se eu não desembuchar vou ter um treco! - A gorducha bufava, estava com as bochechas vermelhas e os olhos flamejavam de ira. Na tentativa de acalmá-la prometi fazer um café, ela não deu a mínima pelota, mudei o cardápio, ofereci uma coca zero. - Coca zero com o quê para comer?
- Tem um pudim de leite condensado...
- Pode ser... Tem bastante pudim ou só um restinho?
- Tem bastante.
- Ah! Está bom - gorda desaforada, ainda exige que seja bastante! - Dinorah você não imagina o que aconteceu. Você sabe que estive de aniversário, lembra? Você até me deu um colar muito bonito, mas você não imagina do que o Adolfo foi capaz de fazer comigo.
- O que foi que aconteceu minha amiga? - pronto, bastou um carinho para que a gorducha desandasse numa choradeira, soluçava alto, um choro sentido, fiquei com peninha da criatura. - o que foi que o Adolfo lhe fez? - a coitadinha tentando controlar o soluço contou.
- No dia do meu aniversário, já amanheci esperando o presente do Adolfo. Ele me deu os parabéns, beijos e abraços, mas eu queria um presente. Tomamos café da manhã e nada. Ao meio dia, nada. No final da tarde fui esperá-lo no portão e lá do meio da quadra vi que ele estava chegando com um buquê de flores, vi que estavam enroladas em um papel verde. Para não estragar a surpresa, corri para dentro de casa e fiz de conta que não havia visto nada. Fiquei bem quietinha, até ele entrar e colocar o "buquê" em cima da mesa. Todo alegrinho falou - Amor, passei no mercado e trouxe tomate, cebola e pepino! - tudo dentro de uma sacola verde.
- E você amiga?
- Ah! Eu fiquei muito mal. Me deu uma vontade de chorar mas a vontade de voar no pescoço do Adolfo e esguelar o ser humano, se é que aquilo é um ser humano- era muito maior. Perdi a classe e fiz um discurso sobre a insensibilidade, a grossura, a cavalice que habita aquele coração. - A gorducha desandou novamente no choro. Aos prantos, afastou o pratinho de sobremesa, puxou para perto de si o prato com o pudim inteiro e em poucos segundo nocauteou o infeliz doce.
Acabada a operação liquida pudim, a gorducha resolveu ir embora. Ainda estava com o nariz vermelho e os olhos inchados, mas antes rogou praga:
- "Deixa estar jacaré! Tua lagoa há de secar!" - Não me chamo Helga se o Adolfo não me pagar por toda esta humilhação! - bateu o portão e saiu fungando.
Pobre Adolfo! O que será que este estrupíco furioso vai aprontar? Sem saber já estou com dó.

3 comentários:

  1. Aiiiii que falta de romantismo Adolfo !
    Helga querida pegue o cartão de crédito dele e vá às compras !! Melhor vingança.
    Beijocas e Feliz Aniversário atrasada aqui se vc. não se importa (muito).

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  2. A Helga tem muito a aprender comigo.
    Comigo não há esquecimento possível... estou muito escaldada e sei do que a casa gasta.
    Eu não esqueço!
    Eu escolho!
    Eu compro!
    Eu pago com o cartão dele!
    Somos tão felizes assim!
    Beijos,
    Nina

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  3. Pô Dinorah, até eu senti pena da gorducha. Adolfo é mesmo insensível e precisa tomar uma lição! Coca Zero com pudim é ótimo pra dieta. Hahaha

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